terça-feira, 23 de junho de 2009

K-7

Pois é. Nem só de vinil vive o blog. Nem a Feira. Há alguns expositores que levam fitas k-7.


Criada pela Phillips em 1963, as fitas k-7 trouxeram uma revolução semelhante à criação do transistor: da mesma forma que o transistor diminuiu o tamanho dos equipamentos, tornando-os portáteis, a fita k-7 permitiu às pessoas que levasse a gravação do disco para onde quisesse, por ser muito mais prática.

As pessoas podiam, por exemplo, gravar as músicas que mais gosta, fazendo uma seleção musical pessoal.

A popularização da fita k-7 levou a uma onda de pirataria de discos. Não era difícil de encontrar na praça fitas com os nomes errados, com uma qualidade de áudio muito ruim. Os falsificadores usavam aparelhos que duplicavam as fitas. Esse aparelho pode fazer até 12 cópias simultâneas.

Como se vê, pirataria é mais antiga.

A fita k-7 foi disponibilizada no mercado com três durações de gravação: 46min, 60min e 90min. Como as fitas eram todas do mesmo formato, houve quem dissesse que a fita de 90min é mais fina que a de 46min, podendo se arrebentar com mais facilidade.

Com a evolução tecnológica, as fitas tiveram outras substâncias na composição química. Fitas de ferro, cromo e outras composições prometiam uma qualidade sonora melhor de gravação e reprodução. E estamos falando somente de fitas k-7, não da evolução de tepe-decks.

Em 1970, a Sony lançou o walkman, um aparelho que cabia no bolso, capaz de reproduzir a fita k-7. Vinha acompanhado com o fone de ouvido, dando início a uma era que se estende até hoje: a reprodução individual do som. Na verdade, essa individualização sonora já vinha acontecendo com a miniaturização do rádio. Tudo por conta do transistor.

Não se sabe ao certo - será? - qual foi o primeiro artista nacional a ser contratado por uma gravadora a lançar, além do LP, em fita k7. Nem o último a lançar.

Para um toque mais noltálgico, esse site apresenta ínúmeras imagens de fitas k-7. Somente imagens.

E se você quiser, esse equipamento japonês copia as fitas k-7 para uma saída digital.

2 comentários:

Unknown disse...

A pirataria gerada pela facilidade da fita K7, existia sim, só que infinitamente menor.
A gravação de um cd/dvd pirata é em muito facilitada por equipamentos modernos enquanto os k7s eram gravados um a um.
E as vendas eram praticamente de porta em porta.
Gente reparem bem que existem camelos com cds/dvds em toda esquina.
Mesmo os discos de vinil eram pirateados, mas com gravações de shows, apresentações que nunca interessaram à bandas e gravadoras, mesmo assim em quantidades pequenas que até hoje são raros de encontrar.
Cesar Guisser

Unknown disse...

Esse negócio de fazer doze fitas de uma vez deve ser coisa lá dos states unitedes.
Não me lembro de ver aqui, nenhuma fita falsificada e com capa xerocopiada, mas sim, aquelas coletaneas que o cara tinha que fazer a capa na máquina de escrever e tirar xeróx.
Portanto...pirataria...si, pero no mucho!