segunda-feira, 6 de julho de 2009

Isto é...

Reportagem que recebi por e-mail em 20 de junho do ano passado (!).

Revista Isto É, 18 de junho de 2008

Vinil redescoberto
Grandes lojas e novas bandas investem nos LPs - Carina Rabelo

Abrir cuidadosamente o plástico que protege a capa. Sentir o cheiro do encarte. Ouvir a agulha pousar suavemente sobre a superfície do disco. Este é um ritual que os fãs dos LPs não trocam pela praticidade do CD ou do MP3 - equipamentos, segundo eles, sem o mesmo glamour e a qualidade sonora das velhas bolachas pretas. Hoje, mesmo sendo um nicho, comprar disco de vinil deixou de ser um hábito dos saudosistas mais excêntricos e virou tendência entre os mais jovens.

O aquecimento do mercado, impulsionado por novos colecionadores e DJs, alçou o LP às prateleiras das principais megastores de discos e livros no País. A Livraria Saraiva começou com um acervo de três mil títulos em 2006 e atualmente dispõe de 11 mil discos. A Livraria Cultura apresenta 600 títulos nas lojas de São Paulo, Campinas, Porto Alegre, Brasília e Recife. A venda de LPs no primeiro semestre deste ano nas duas megastores é três vezes maior do que o total comercializado em 2007.

Os músicos também estão apostando nesta tendência, por isso, o acervo não se limita às reedições dos clássicos. Álbuns consagrados, como Abbey road, dos Beatles, e Dark side of the moon, do Pink Floyd, estão entre os mais vendidos, mas bandas novas também entraram na onda. Entre elas, Raconteurs, Interpol, Radiohead e a cantora Amy Whinehouse, que tiveram uma boa resposta do público jovem, como a estudante de moda Priscila Ferreira, 17 anos. Ela nasceu na era do CD e mesmo sem nenhuma tradição na família, aos 15 anos, decidiu colecionar vinis. "Meus pais têm mais CDs do que eu e nem gostam de LPs", conta ela, que tem 40 discos organizados na estante do quarto. Quem está no ramo há mais tempo comemora. "Não sou mais o último moicano chato que defende que o vinil nunca vai morrer", profetiza Luiz Calanca, proprietário da Baratos e Afins, a maior loja de LPs do País, que reúne 100 mil títulos, entre raridades e lançamentos. Ele pode estar certo. Segundo levantamento da revista americana Rolling Stone, o consumo de LPs em 2008 deve chegar a 1,6 milhão de discos, contra um milhão no ano passado.

LPS COM TECNOLOGIA

Quem curte discos de vinil, mas não abre mão de novidades, tem uma nova alternativa. Acaba de chegar ao mercado o Visionnaire 53, uma espécie de jukebox para seis LPs. Ele é acionado quando um carrinho de brinquedo, operado por bateria, começa a andar sobre as bolachas. Custa R$ 470 e apenas quatro mil unidades estão à venda em todo o mundo.

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